"Pára tempo, pára (97). Pára tempo, pára (98). Pára tempo, pára (99)." murmuro eu na noite escura, embrulhada em mim mesma e na minha podridão de vida. Mais uma lágrima. A outra entretanto secou. "Pára. Pára.(100)" Agarro os joelhos firmemente contra o peito e seco os olhos na flanela do pijama. "Por favor".
E o tempo parou.
Certifico-me de que tudo está quieto. Está mesmo tudo quieto. Todo e qualquer movimento cessou, todas as expressões se congelaram, como numa fotografia a dimensões reais. Então, descalça pelas ruas imóveis, passeio o meu corpo doente. Não em vão, não. Não vagueio sem destino. Sei exactamente onde me levam os meus passos.
É ver-te assim imóvel que me cura. Exploro cada traço do teu rosto com a ponta dos dedos, primeiro, e depois com os lábios. Num ímpeto de algo que não sei se é raiva se é paixão, arranco-te as roupas do corpo hirto. Choro (eu choro muito). Sinto repulsa de mim própria. Volto a vestir-te, componho o teu cabelo entretanto desalinhado e beijo-te a testa, agora sem paixão, agora sem desejo. "Adeus, meu amor".
Recuo e o tempo avança.
Estou onde sempre estive"Pára tempo, pára (101). Pára tempo, pára (102)." Podia ficar nisto a noite toda. Mas o tempo não pára. Nem eu. Nem tu.
E o tempo parou.
Certifico-me de que tudo está quieto. Está mesmo tudo quieto. Todo e qualquer movimento cessou, todas as expressões se congelaram, como numa fotografia a dimensões reais. Então, descalça pelas ruas imóveis, passeio o meu corpo doente. Não em vão, não. Não vagueio sem destino. Sei exactamente onde me levam os meus passos.
É ver-te assim imóvel que me cura. Exploro cada traço do teu rosto com a ponta dos dedos, primeiro, e depois com os lábios. Num ímpeto de algo que não sei se é raiva se é paixão, arranco-te as roupas do corpo hirto. Choro (eu choro muito). Sinto repulsa de mim própria. Volto a vestir-te, componho o teu cabelo entretanto desalinhado e beijo-te a testa, agora sem paixão, agora sem desejo. "Adeus, meu amor".
Recuo e o tempo avança.
Estou onde sempre estive"Pára tempo, pára (101). Pára tempo, pára (102)." Podia ficar nisto a noite toda. Mas o tempo não pára. Nem eu. Nem tu.
4 comentários:
Bem te disse, ontem na aula de português, que é uma injustiça não consegirmos voltar atrás. Eu queria.
Este texto é uma obra prima, sem qualquer exagero. Adorei Zita :O
Não podemos parar o tempo, e é por isso que não podemos ficar parados a olhá-lo passar e a desejar que acontecessem coisas impossíveis.
Beijinho*
lindo ^.^!
fiquem completamente derretida.
amei o blog*
beijinho(:
Eu arrependo-me de nao ter sabido agarrar o tempo quando o devia ter feito.
Agora ja nao ha nada a fazer.
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